sábado, 1 de setembro de 2012

OS SÍMBOLOS DO REIKI E SEUS ENSINAMENTOS MORAIS

 

 

 

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“A grandiosa contribuição do pensamento oriental, de Buda a Vivekananda, a Ramakrishna e outros, dos taoístas tibetanos aos físicos nucleares, enseja a revisão dos parâmetros aceitos, bem como dos modelos estabelecidos, propondo a identificação de fórmula com aparência diversa, no entanto, que se harmonizam, unindo duas culturas - a do passado e a do presente - em uma síntese perfeita, em favor de um homem e de uma mulher holísticos, completos, ao revés de examinados em partes.

Esse concurso que se vinha insinuando multissecularmente, logrou impor-se através das terapias libertadoras de conflitos, tais a meditação, a respiração, a oração, a magnetização da água, a bioenergia, os exercícios de tai-chi-chuan, o controle mental de inegáveis resultados nas mais variadas áreas do comportamento, do inter- relacionamentopessoal, da saúde ...

(...) Somente quando estudado na sua plenitude - espírito, perispírito e matéria - podem-se resolver todos os questionamentos e desafios que o compõem, alargando-lhe as possibilidades de desenvolvimento do deus interno, facultando completude, realização plenificadora, estado de Nirvana, de samadhi, ou de reino dos Céus que lhe cumpre alcançar”.

espírito Joanna de Angelis

 

 

Entre as diferentes técnicas de fluidoterapia (passe espírita, cura prânica, cromoterapia mental etc.), o REIKI é uma das mais fáceis de ser praticada e, ao mesmo tempo, uma das que mais mistificações possui em seu ensinamento e difusão. Provavelmente, tais mistificações decorrem da mercantilização da técnica pela indústria espiritual “Nova Era”, ávida por novidades “esotéricas” que podem se transformar em dinheiro fácil.

O REIKI é o método que menos esforço mental exige do terapeuta. Basta um comando mental e o desenho de um símbolo gráfico para que a energia do terapeuta seja encaminhada para o organismo energético de um enfermo, apesar de muitos acreditarem que estão “canalizando a energia cósmica”.

Na cura prânica, por exemplo, o terapeuta deve mentalizar a energia sendo produzida em um de seus chakras, de acordo com a variação eletromagnética que o terapeuta pretende enviar. Durante o trabalho ele deve se manter concentrado e com o pensamento elevado nesse processo. Por sua vez, na Cromoterapia Mental, o praticante deve se concentrar e mentalizar a cor da energia que ele pretende enviar ao enfermo.

No REIKI o processo é muito mais inconsciente, intermediado pelo símbolo. Talvez, por isso, acredita-se que a energia enviada ao enfermo apenas atravessa o terapeuta. Em outras palavras, que sua própria energia não seja disponibilizada no tratamento. Daí acreditar-se que o terapeuta pode fumar, abusar do álcool, etc. Por não se concentrar, existe a falsa impressão de que o terapeuta não se cansa, uma vez que, uma pessoa concentrada por vinte minutos emite uma quantidade e qualidade fluídica similar a de uma pessoa que fica por duas horas “enviando” energia sem se concentrar no que está fazendo, assistindo TV ou conversando. Obviamente, a primeira sentirá algum cansaço enquanto a segunda estará “disposta” após a sessão.

Podemos perceber, portanto, que do ponto de vista da exigência de uma qualidade mental do terapeuta, o REIKI é a terapia menos exigente. Nas demais terapias citadas acima, o terapeuta precisa ter um aprimoramento e um controle mental mais rigoroso. Talvez, por isso mesmo, alguns mestres de REIKI exageram e chegam a difundir que é possível enviar energia vendo TV, fumando, na mesa de um bar etc. Porém, caro leitor, NUNCA leve em consideração tais informações banalizadas por revistas e livros comerciais.

O REIKI é, sem dúvida, um caminho democrático para quem deseja servir de forma desinteressada e tem boa vontade. Seria como o Espiritismo que, no século XIX, democratizou o acesso de qualquer um aos ensinamentos antes restritos as confrarias iniciáticas e que exigiam um aprimoramento mental e moral já elevado de seus discípulos.

Porém, o verdadeiro reikiniano[1] não deve parar por aí. Deve, no início, usar os símbolos como uma “muleta” enquanto busca se aprimorar mental e moralmente, sobretudo através de sua própria reforma íntima. Aumentando seu padrão vibratório através da mudança de atitudes, abandonando pensamentos e sentimentos negativos o reikiniano conseguirá abandonar a dependência dos símbolos e passará a utilizar apenas sua mente para manipular sua energia eletromagnética, projetando cores (como na cromoterapia mental) ou de forma mais abstrata, como na cura prânica.

É importante sempre lembrar que a energia que enviamos ao enfermo não é a energia cósmica. Mas uma energia derivada dela, a nossa energia vital ou “energia zôo”. Portanto, para que seja uma energia de qualidade é preciso tomar certos cuidados que não é demais repetir: mudar nossos padrões de pensamento, atitudes e sentimentos; abandonar os vícios como o fumo e o álcool e, gradativamente, substituir a alimentação carnívora pela vegetariana, além de abandonar práticas promíscuas e manter uma vida sexual regrada.

Assim, o REIKI pode ser considerado um caminho seguro ou uma etapa inicial para todos que desejam se aprimorar espiritualmente, nosso verdadeiro objetivo aqui na Terra. Pois, para praticá-lo, basta, inicialmente, ter boa vontade. Aqueles que o encaram como Fim ou como profissão, infelizmente perdem uma chance importante de saldar compromissos do passado, além de manter a mente limitada às “muletas” que são os símbolos, deixando de lado o que é mais importante: os ensinamentos morais que acompanham cada um deles.

Muitos neófitos e espíritos nos degraus mais baixos da cadeia evolutiva possuem, naturalmente, uma dificuldade para mentalizar o “abstrato”. Assim, no REIKI, como em tantas outras práticas orientais, utiliza-se símbolos como catalisadores. Eles servem para facilitar e orientar a emissão de pensamento e, portanto, de energia. Em suma, eles são como os objetos ritualísticos ou os pontos riscados[2] utilizados em outras práticas espiritualistas. Porém, para que um tratamento com REIKI seja eficiente e sem contra- indicações, exige-se do praticante 10 % de conhecimento (símbolos e posições) e 90% de Amor e Vontade de servir.

Para um leitor desavisado e envolvido pelas publicações mercadológicas sobre o REIKI, a impressão que se tem é que estamos diante do supra-sumo da espiritualidade, da “terapia do novo milênio” etc. Na verdade, o REIKI é, tão somente, o primeiro passo rumo a Deus de mais um Ser resgatado das trevas...

É importante aprender a manipular a energia através dos símbolos, mas, é muito mais necessário colocar em prática os ensinamentos morais que os acompanham. Quando tais conhecimentos forem vividos diariamente ou estiverem interiorizados em nós, os símbolos não serão mais necessários.

Na Antiguidade oriental, os livros eram escritos em folhas de palma. Os antigos yogues e outros mestres orientais utilizavam-se, então, de um recurso mnemotécnico para transmitir os seus ensinamentos. Daí o surgimento dos símbolos ou yantras, em sânscrito. Estes, juntamente com alguns rituais, ajudavam a fomentar a devoção e a infundir a sabedoria espiritual nos discípulos. Estes desenhos eram simples instrumentos para que os discípulos tivessem condições de recordar e recapitular toda a psicosofia (sabedoria espiritual) apreendida. Eles funcionavam como notas de aula.

Assim, cada um dos símbolos do REIKI está relacionado a um aprendizado espiritual que se sustenta sobre um tripé: Amor, Pensamento e Ação. Cada um dos símbolos nos apresenta um ensinamento moral que, ao ser praticado, expande o respectivo chakra ao qual está associado.

Qualquer ritual, independente dos objetos utilizados ou formas, é sempre acompanhado pela ação mental, seja através de preces ou de mentalizações do praticante, pois é ela que aglutinará o prâna, a energia necessária para que se alcance o objetivo desejado. Lembrando sempre que, para se ter proteção da espiritualidade superior, tais pedidos devem ser sempre de ordem espiritual ou para fins que não visem a interesses materiais. Quem afirma que para se enviar REIKI não é necessário preces, mentalizações, Fé etc. e, além disso, cobra pelo atendimento, corre sérios riscos de estar se envolvendo com consciências desencarnadas perversas. Mas cada um decide o que quer colher, de acordo com o que semeia.

O REIKI, originalmente, seria um “programa” de Animagogia (Educação Espiritual) e não necessariamente uma Terapia. Mas, como a verdadeira cura é espiritual, quando modificamos nossa essência, estamos também nos autocurando e, quem sabe, deixando de necessitar de outras encarnações sobre a Terra.

No decorrer deste livro, apresentaremos o significado moral de cada um dos símbolos, o chakra relacionado e também os dois símbolos pouco difundidos no Ocidente, relacionados aos chakras frontal e coronário.

Mas é preciso ter em mente que não é preciso saber os símbolos ou ser sintonizado por um mestre para você enviar bons fluidos, basta ser uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo. A vontade é o que produz a emissão de fluidos e não os símbolos. Estes favorecem a imaginação do terapeuta/magnetizador, aumentando sua crença e capacidade de concentração. Não podemos nos esquecer que o dínamo, ou o gerador de toda energia curativa é o nosso corpo mental. Mas é muito fácil descambar para práticas “negativas”, pois o uso indevido dessa energia adormecida na maioria das pessoas é extremamente perigosa. Podemos dizer que usar o REIKI é como caminhar sobre o fio de uma navalha. Daí, todo cuidado é pouco.

No capítulo seguinte discorreremos sobre a importância da mente e do pensamento elevado, necessários para salvaguardar nosso aprimoramento espiritual, evitando os atalhos que podem nos levar ao precipício.

A importância do pensamento

O veículo necessário para a manipulação energética é o pensamento. Para falar sobre este assunto precisamos, mesmo que rudimentarmente, falar um pouco sobre o Perispírito, também conhecido como Corpo Astral pelos teosofistas. Este corpo energético é o responsável pela expressão dos desejos e da consciência.

Seu campo de energia não é, necessariamente, de natureza eletromagnética. Mas costumamos defini-lo assim devido aos nossos ainda limitados conhecimentos físicos dessa realidade sutil e astral. O importante, porém, é sabermos que o nosso Corpo Astral é o veículo para que possamos expressar nossas paixões, sentimentos, desejos e emoções. Ele serve de intermediário entre o Corpo Mental (ou apenas mente) e o Corpo Físico. Em suma, trata-se de um veículo de consciência e de ação responsável pela transmissão de vibrações, tanto do plano físico para o mental ou vice-versa. Em outras palavras, como o Corpo Físico se limita a colher no mundo exterior as vibrações daí provenientes, estas, ao chegar ao Corpo Astral, são transformadas em sentimentos como amor, ódio, prazer, dor, alegria etc.

Porém, o que mais nos interessa no momento é que, a matéria astral, se é que assim podemos nos referir a esse tipo de energia, é plasmada pela emissão de pensamento. E nossos sentimentos imprimem nessa mesma matéria astral determinadas cores, variando conforme a intensidade do sentimento. Daí o fato da Cromoterapia ser uma técnica importante e que deveria ser conhecida por todos os interessados em cura. E a cor, a forma, a nitidez e a duração da energia são determinadas pela qualidade do pensamento e da emoção, como também pela intenção e vontade do curador.

Assim, o que necessitamos para enviar bons fluidos é, em primeiro lugar, aprender a controlar nossos pensamentos e nossas emoções, além de ter vontade de servir ou de se doar. E onde entram os símbolos do Reiki? Estes representam ensinamentos morais que ajudam a pessoa a se concentrar em uma realidade superior. Em suma, ajuda a pessoa a despertar, lentamente, o kundalini adormecido. Cada símbolo está relacionado a um chakra e a sua respectiva energia, pois, apesar do prâna ser uno, manifesta-se em sete variedades principais e com funções psíquicas diferentes.

Como já foi salientado, temos sérias dificuldades para mentalizar o abstrato. Assim, em quase todas as culturas, criam-se determinados objetos ou símbolos que são catalisadores para facilitar e orientar a emissão de pensamento ou de energia. Com o REIKI acontece o mesmo.

Devemos sempre ressaltar que o pensamento dinâmico pode criar energia positiva ou negativa. Daí muitos “acidentes” que acontecem quando o praticante traça corretamente o símbolo, mas fica a sessão toda emitindo pensamentos negativos ou se encontra descontrolado emocionalmente. Além disso, pela Lei numinosa do Carma, toda e qualquer emissão de pensamento, quer positivo ou negativo, terá um efeito sobre aquele que o manifestou.

A energia emitida pelo REIKI é a mesma energia estudada e classificada como “força ódica”, por Reinchenbach, ou “energia bioplásmica” ou “psicotrônica”, segundo vários cientistas da antiga União Soviética e da Tchescolovaquia. E, desde a Antiguidade, sabe-se que essa energia pode ser transferida de indivíduo para indivíduo, pela imposição das mãos ou a distância, através da vontade, da oração sincera e pura ou do pensamento elevado. Através da vontade sincera é possível emitir uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que nos propomos.

Uma pessoa que não saiba os símbolos ou não foi “sintonizada” por um “mestre” pode ser capaz de enviar fluidos balsâmicos para um enfermo se for uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo. Como é a vontade e o pensamento que produzem a emissão de fluidos e não os símbolos, ser um reikiano não garante a qualidade das vibrações emitidas.

Os símbolos favorecem a imaginação e a concentração em uma realidade superior. E está aumentando a quantidade de reikianos que percebem, na prática, que é necessário sim se concentrar para enviar REIKI; que é necessário elevar o pensamento ou fazer prece; que após algumas sessões seguidas a pessoa se cansa etc. O simples ato mecânico de traçar um determinado símbolo não é suficiente se faltar a vontade e o desejo de enviar bons fluidos para algum enfermo. Por mais redundante que possa parecer, o papel do símbolo está em sua dimensão simbólica, ou seja, em representar um ensinamento de cunho moral capaz de elevar o padrão vibratório de cada praticante. Justamente o que a maioria dos cursos de REIKI deixa de lado. Os símbolos servem, em suma, para disciplinar o pensamento e a vontade.

A “onda mental” emitida pelo pensamento terá uma frequência vibratória maior, além de alcance e duração mais intensos, conforme o pensamento se torna elevado e altruístico. Além disso, pela Lei numinosa da Afinidade, bons pensamentos atraem pensamentos afins, seja de encarnados ou de desencarnados. O mesmo acontece com os maus pensamentos. É por isso que não basta traçar um símbolo e não se concentrar em uma realidade superior. Quem aplica REIKI em locais de baixa vibração, ou consome drogas, cigarros e bebidas alcoólicas, corre sérios riscos de intoxicar seus pacientes com fluidos enfermiços.

Muitos “mestres” de REIKI desconhecendo as realidades astrais mais sutis, afirmam que seus pacientes estão tendo uma “crise de cura” quando passam mal, vomitam, ficam com fortes dores de cabeça etc. Em nenhum momento reconhecem que foi sua péssima energia que causou tais transtornos ao paciente, pois acreditam que estão apenas canalizando a “energia cósmica” e que não precisam se concentrar, ter Fé etc. para enviar REIKI. Os que acreditam que basta traçar os símbolos, impor as mãos e receber o dinheiro no final, infelizmente, terão que ajustar contas com suas próprias consciências após o desencarne.

Veremos, adiante, como cada símbolo está relacionado a um ensinamento moral que, ao ser vivido pelo praticante, vivifica, pela ação de Kundalini, um determinado chakra. Esse processo, se bem orientado pelo “mestre”, fará com que o reikiniano passe do plano mais grosseiro ao mais sutil, aumentando sua capacidade psíquica e mediúnica, além de intensificar seu poder de cura ou de doação fluídica. Em suma, não basta aprender a forma dos símbolos ou ser “sintonizado” por um “mestre”, é necessário fazer a “reforma íntima” proposta pela psicosofia (sabedoria espiritual) que acompanha cada um dos símbolos. O resto é apenas ritual e charlatanismo.

O que são os chakras?

Trata-se de campos de energia localizados em nossos corpos sutis e que possuem diversas funções. Entre elas, a mais importante é a de produzir atividades psíquicas. Cada chakra possui uma vibração eletromagnética específica.

Tais vibrações podem ser estudadas como arquétipos. O arquétipo, por sua universalidade, costuma ser usado em várias abordagens espiritualistas, entre elas, na Umbanda. Como cada chakra está relacionado a uma vibração cósmica, sendo sete as mais importantes, cada uma identifica um Orixá. Muitos acreditam que os Orixás seriam variações de santos católicos ou entidades espirituais que não encarnam. Mas, na verdade, são vibrações eletromagnéticas cósmicas de difícil compreensão (apesar da Física já falar na existência das supercordas) e que, por isso mesmo, passaram a ser tratadas como arquétipos. Assim, cada Orixá adquire certos atributos comportamentais e universais que o identifica. O mesmo acontece com os mitos gregos, que personificam estas forças macrocósmicas. É importante ressaltar que os Orixás não encarnam e nem “incorporam”. Eles não são espíritos. Eles são os princípios vibratórios que regem o Cosmo.

Cada um dos sete chakras principais funciona como uma antena receptora que capta estas vibrações macrocósmicas. Todas elas nos influenciam, mas, de acordo com o momento existencial e cármico de cada pessoa, uma vibração ou outra poderá estar mais ativada, daí dizer que a pessoa é “filha” deste ou daquele Orixá, pois um vetor se encontra mais dinamizado do que outros.

Algumas vezes lemos em publicações esotéricas que a pessoa promiscua possui o chakra básico expandido ou aberto. Essa informação não é correta. Ao contrário, sem preocupações morais, podemos dizer que a pessoa promíscua possui seu centro sexual desregulado, o que a leva a buscar prazer apenas em estímulos externos. A pessoa que possui o seu chakra básico regulado age com reserva e discernimento. Tais energias deixam de ser consumidas em expressão exterior e passam a ser utilizadas na manutenção do equilíbrio físico.

Os chakras quando se encontram distorcidos ou deformados adquirem, segundo os videntes, uma cor cinza que os impedem de funcionar perfeitamente, alterando profundamente sua produção psíquica. Tais “aderências” são frutos do pensamento negativo, de sentimentos deletérios ou de atitudes doentias. É claro que se trata de uma relação recursiva. Em outras palavras, um chakra desequilibrado estimula pensamentos negativos e sentimentos inferiores e vice-versa. Não dá para definir cartesianamente quem é a causa e quem é o efeito. Trata-se de uma via de mão dupla ou recursiva.

Se pensarmos que o espírito foi criado “simples e ignorante”, possivelmente seu perispírito (corpo astral) deve ter sido em sua origem uma massa quase inerte com consciência muito vaga. A expansão dos chakras, nesse sentido, indica seu processo evolutivo. Como já nos referimos, cada um dos chakras está associado, na Umbanda, a um determinado Orixá. Por sua vez, o REIKI é formado por sete símbolos[3] que também estão relacionados a esse processo de despertar espiritual do ser humano, que vai do fogo kundalínico (adormecido no chakra básico) à integração cósmica (expansão do chakra coronário), passando pelos demais chakras.

Em suma, a Animagogia do REIKI é a de fazer com que o Kundalini que se encontra latente no chakra básico dos homens comuns desperte lentamente através de um constante aprimoramento moral, estimulando a vontade de praticar o Bem (altruísmo). O verdadeiro Mestre não inicia ou sintoniza ninguém, apenas orienta e vigia seu discípulo no processo de atualização dessa energia, enfatizando sempre a dimensão moral e a prática da caridade para que tal energia não seja mal canalizada, pois todos colhem o que semeiam.

Veremos, a seguir, cada um destes chakras.

O chakra básico

Conhecido no Oriente como Muladhara (alicerce), possui sua simbologia associada ao elemento Terra. Sua vibração eletromagnética se assemelha a da cor vermelha e a da nota musical C (dó). Seu funcionamento está relacionado aos padrões ou aos instintos de sobrevivência, tanto mental, físico ou emocional. Os medos, sobretudo o da morte, podem desregulá-lo.

Devido ao paradoxo vivido entre os estímulos eróticos vendidos pela mídia em geral e o puritanismo das religiões cristãs, a maioria das pessoas, no Ocidente, possui bloqueios neste chakra. Tais bloqueios refletem em enfermidades somatizadas na região genital ou mesmo nos pés e nas pernas. Emocionalmente, tais bloqueios podem levar também ao fanatismo religioso, manifesto quase sempre de forma violenta e raivosa, devido à frustração sexual.

Os verdadeiros “santos” não eram frustrados sexualmente, mas como já haviam sublimado seus impulsos inferiores, não se manifestavam com violência. Como exemplo, podemos citar Jesus, São Francisco de Assis ou Gandhi (possivelmente, estas duas últimas personalidades foram vividas pelo mesmo espírito).

Este chakra se localiza na base da coluna e é responsável pela energização de todo o corpo físico. Ele controla também o funcionamento das glândulas supra-renais. Quando o chakra básico se encontra saudável, a pessoa se assemelha a uma árvore que possui raízes sólidas, capazes de a sustentar para que possa alcançar as esferas superiores.

O chakra umbilical

Conhecido no Oriente como Svaddhisthana (a morada), está associado simbolicamente ao elemento Água. Sua vibração eletromagnética se assemelha a da cor laranja e a da nota D (ré). Seu funcionamento está relacionado diretamente com a nossa identificação com o corpo físico e com a polarização sexual. Quando em desarmonia, pode ocasionar medo, insegurança, desejo sexual irresistível. É importante salientar que o inverso também é verdadeiro: o medo pode acarretar desarmonia neste chakra.

Este chakra controla a energia dos órgãos sexuais e da bexiga. Quando se encontra equilibrado, a pessoa torna-se capaz de participar dos jogos sociais sem ansiedade. Suas respostas são, emocional e fisicamente, estruturadas e estáveis; longe, portanto, da histeria emocional e estabelecendo relações sociais saudáveis.

É impossível listar ou fazer uma relação rigorosa dos problemas que surgem com o desequilíbrio nestes dois chakras. Em cada pessoa o processo de desequilíbrio será diferente, devendo se levar em consideração o carma e o estilo de vida adotado na atual encarnação. Sem falar que existe, como vimos acima, uma relação recursiva entre a “causa” e o “efeito”. Mas, em linhas gerais, podemos afirmar que o equilíbrio energético nesses dois chakras auxilia o corpo físico a se tornar firme e estável e sem problemas nas articulações. Diminui a incidência de problemas de pele, tornando-a brilhante. Favorece a longevidade, a constância e a segurança, como também a persistência e a resignação.

Em desequilíbrio (excesso ou falta de energia), podem ocasionar problemas psicossomáticos diversos, tais como:

- Avidez e descontrole sexual,

- Masculinização da mulher,

- Dificuldades de raciocínio,

- Sexo sem afetividade,

- Depressão,

- Somatização de doenças ligadas aos ovários, próstata, intestinos, rins, bexiga, pernas.

- Indigestão,

- Perda da memória,

- Diminuição da sensibilidade corporal.

Normalmente, os pensamentos, sentimentos e atitudes que colaboram para o desequilíbrio nesses dois chakras são, entre outros:

- A tendência a guardar mágoas e ódios,

- A dificuldade ou medo de tomar decisões ou executar tarefas,

- Fugir dos compromissos,

- A dificuldade em aceitar mudanças, sobretudo de ordem moral,

- O conservadorismo religioso,

- O pavor de novidades (defesa intransigente de “purezas” doutrinárias ou ideológicas) que levam ao fanatismo,

- A teimosia,

- A possessividade,

- O Ciúme, etc.

O Plexo Solar

Conhecido no Oriente como Manipura (o centro). Está associado simbolicamente ao elemento Fogo. Sua vibração eletromagnética se assemelha a da cor amarela e a da nota musical E (mi). Este chakra sofre as consequências das emoções mais poderosas, tais como a raiva, a frustração, a preocupação, a excitação etc. O reequilíbrio deste chakra passa, necessariamente, pela aprendizagem espiritual, ou seja, pela aquisição do senso de responsabilidade e pelo aperfeiçoamento moral.

Este chakra está relacionado diretamente ao funcionamento do pâncreas, do fígado, do estômago, do intestino grosso, do diafragma e de parte do intestino delgado. O coração também pode ser afetado por este chakra.

Ele é considerado o centro porque é o locus de compensação energética, uma vez que boa parte da energia (prâna) proveniente dos chakras inferiores passa por ele antes de atingir os superiores e vice-versa. Ao energizar este chakra, todo o corpo costuma ser fortalecido. Vários exercícios de meditação em movimento que aprendemos com a espiritualidade terminam com o praticante impondo as mãos sobre este chakra.

Quando em equilíbrio, ele permite dirigir o ego com firmeza e gentileza. Desequilibrado, pode gerar o intelectualismo estéreo, como o encontrado nas Universidades (muito mais associado ao “conhecimento” do que à “sabedoria”); postura crítica, punitiva e vingativa etc.

O chakra cardíaco

Conhecido no Oriente como Anahata (o que não soa), tem sua simbologia relacionada ao elemento Ar. Sua vibração eletromagnética se assemelha a da cor verde e a da nota musical F (fá). Este chakra está relacionado, sobretudo, com a harmonização e integração das nossas “sombras”. O aprendizado necessário para o harmonizar está relacionado com a resignação diante das perdas e com a vivência da compaixão. Este chakra está relacionado diretamente ao coração, aos pulmões e ao timo, glândula relacionada ao nosso sistema imunológico.

Quando em equilibro, ele gera a vontade, a alegria e a força para suportar a dor; favorece a relação amorosa com as pessoas e com o mundo circundante. A pessoa passa a viver o amor incondicional, a compaixão e se torna altruísta. É capaz de libertar-se do pensamento dualista e dos apegos. Possibilita, também, integrar as forças inferiores dos chakras já descritos com os superiores, que veremos adiante.

Em integração com o plexo solar, estimula o bom funcionamento dos sistemas endócrinos, favorecendo a absorção de proteínas, sais minerais e de vitaminas pelo corpo físico; harmoniza as ondas cerebrais, favorecendo a memória. Porém, quando ambos se encontram em desequilíbrio, obscurecem a emoção, causam entorpecimento intelectual, agitação, mudança brusca de humor, enfraquecimento da memória. Podem gerar problemas nos pulmões e no coração, aumentando a tendência a osteoporose (sobretudo em mulheres) e o enfraquecimento do sistema imunológico.

Sentimentos e atitudes que atrapalham o bom funcionamento destes dois chakras costumam ser: o orgulho, a agressividade, o egoísmo, a ambição, o desejo de mudança pela mudança, o radicalismo político ou religioso, o fanatismo, a tendência em julgar de forma parcial ou apaixonada, a tendência ao conflito etc.

Para harmonizar tais chakras, devemos buscar o autoconhecimento, evitando o excesso de instabilidade emocional. Praticar meditação ou buscar se concentrar em um objetivo de cada vez ajuda também a reequilibrá-los.

O chakra laríngeo

Conhecido no Oriente como Vishvdha (limpeza), possui sua simbologia associada ao elemento éter. Sua vibração eletromagnética assemelha-se a da cor azul e a da nota G (sol). A comunicação, a criatividade e a clariaudiência são “temas” relacionados com esse chakra. O aprendizado necessário para o seu bom funcionamento está em expressar com segurança as emoções e os pensamentos.

Este chakra controla o funcionamento das glândulas tireóides e paratireóides e também a garganta, os brônquios, os pulmões, a faringe e os ouvidos. Esta relacionado com a nossa expressão verbal e vocal, com a comunicação e com os mecanismos da clariaudiência.

O chakra frontal

Na verdade existem dois chakras muito próximos: o frontal (na testa) e o “terceiro olho” (entre as sobrancelhas). Neste livro, por razões didáticas, trataremos como se fossem apenas um. É conhecido no Oriente como Ajna (o comando), não está associado a nenhum elemento, mas à dualidade primordial. Sua vibração eletromagnética é similar a da cor índigo ou violeta e a da nota A (lá). Está relacionado diretamente à mente não racional (intuição) e a clarividência.

Ele favorece, diretamente, o funcionamento da glândula pituitária, da pineal, o do sistema nervoso e, de certa forma, do cérebro. Costuma ser chamado de “chakra mestre”, uma vez que dirige e controla os demais chakras e suas glândulas endócrinas correspondentes. Este chakra também está relacionado aos olhos e ao nariz.

Equilibrado permite a integração dos dois hemisférios cerebrais, além de estimular a hipófise e o sistema endócrino.

Os chakras laríngeo e frontal quando equilibrados, refletem em alegria, em comedimento, em gestos delicados e harmoniosos, em julgamentos moderados, inteligentes e racionais. Porém, em desequilíbrio, ocasionam a queda de cabelo, o odor ocre na cabeça, boca e axilas, a agressividade e os julgamentos contundentes, a histeria, o egocentrismo intelectual, a esquizoidia, a personalidade paranóide e o abstracionismo excessivo. Podem também favorecer a fuga da realidade material, a inflamação da garganta e a sonolência.

Os sentimentos e valores que costumam gerar desequilíbrios nestes chakras são, essencialmente, o orgulho, a prepotência e o materialismo.

O chakra coronário

Conhecido no Oriente como Sahasrara (mil pétalas). Não tem sua simbologia relacionada com nenhum elemento, mas encontra-se diretamente relacionado ao mundo transcendental. Sua vibração eletromagnética se assemelha a da cor branca ou dourada e a da nota B (si). Este chakra nos conecta à consciência cósmica. Está relacionado também ao cérebro e à glândula pineal.

Como quadro geral, podemos fazer a seguinte associação resumida:

Muladhara (básico). Localizado próximo ao cóccix (área do períneo). Relacionado aos órgãos sexuais, aos testículos, aos ovários, à bexiga, ao reto, ao ânus etc.

Svaddhisthana (umbilical). Localizado entre a sacral e a 5a lombar (área dos órgãos sexuais). Relacionado aos rins, ao intestino grosso, à vesícula seminal, ao útero etc.

Manipura (plexo solar). Localizado entre a 8a e a 12a dorsal (área do estômago). Relacionado ao fígado, ao estômago, ao baço, ao duodeno, ao intestino delgado, ao pâncreas etc.

Anáhata (cardíaco). Localizado entre a 4a e a 6a dorsal (área do coração). Relacionado ao coração, aos pulmões, à traquéia, ao esôfago etc.

Vishuddha (laríngeo). Localizado entre a 3a e 5a cervical (região da garganta). Relacionado à tiróide, às amígdalas, às glândulas salivares, aos ouvidos etc.

Ájna (frontal). Localizado entre a 2a e 3a cervical (entre os olhos). Relacionado ao cérebro, à hipófise, ao cerebelo, ao bulbo etc.

Saháshara (coronário). Localizado entre a 1a e 2a cervical (região hipofisiária - coroa da cabeça). Relacionado ao cérebro, à pineal etc.

E as lições que devemos aprender em cada chakra são, respectivamente:

1 - A Pureza. Trata-se de um chakra físico e seu aprendizado está relacionado com o aprender a ter responsabilidade pelo uso e cuidado com o mundo material e com o corpo físico, superando a intolerância, os instintos, o egocentrismo...

2 - O uso correto dos sentimentos e emoções. Trata-se de um chakra emocional e, portanto, relacionado com a construção de uma Identidade pessoal e social saudável e emocionalmente equilibrada, no qual sentimentos como o ciúme e a inveja possam ser superados, assim como a possessividade, a cobiça e os medos intensos ou inconscientes.

3 - O uso do poder pessoal. Aprender a cooperar e liderar. É o chakra da razão, daí o seu aprendizado estar simbolizado na expressão “Liberdade com Responsabilidade”, superando sentimentos de arrogância, falta de humildade, fervor religioso ou ideológico ou a racionalidade excessiva.

4 - A tolerância e o discernimento. A lição deste chakra é a crença na Justiça divina e a vivência do Amor Incondicional que não espera nada em troca. É o chakra da confiança, da amizade, da tolerância e da flexibilidade. O altruísmo é o melhor caminho para expandi-lo.

5 - O valor da criatividade, da vontade de se transformar e do ensinar. A lição está em perceber o Infinito. É o chakra da imaginação criativa e da alteridade. Para expandi-lo é preciso superar a falta de comunicação interior e exterior, deixar de se importar com a opinião alheia, não ser duro ou insensível com aqueles que pensam e agem de forma diferente e buscar, através da Fé raciocinada, a Verdade e a Luz que ilumina.

6 - A inteligência (em outras palavras, a Sabedoria e não necessariamente o Conhecimento). Aprender a projetar corretamente a mente para as formas superiores. Trata- se do chakra da comunhão ou da integração (religare). Para expandi-lo é preciso trabalhar nossa própria sombra - nossa irracional necessidade de julgar e punir o outro, culpar alguém, criar bodes expiatórios. Agir, ver e falar com simplicidade ilumina e expande esse chakra.

7 - Despertar o relacionamento com Deus. Trata-se da transmutação física, da unidade cósmica. É o Chakra da transmutação e da humildade sem ostentação. Ao se expandir a pessoa deixa de necessitar de “muletas”, sejam elas doutrinas, símbolos, rituais etc. A plenitude do Ser é alcançada quando este chakra se expande.

Podemos perceber que para iluminar cada um destes chakras temos um verdadeiro roteiro iniciático ou sete estágios para serem superados. Os símbolos do Reiki, assim como os Orixás da Umbanda, o Kundalini-Yoga ou qualquer outro conhecimento esotérico são caminhos diferentes para se atingir o mesmo fim: despertar o ser humano da ilusão materialista e o conduzir com segurança para a plenitude e integração cósmica.

Como funciona o REIKI

Em nosso livro (Dharma-Reiki: o aprimoramento espiritual e a caridade como caminhos para a cura), classificamos o REIKI como um tratamento vibracional, medianímico e bionergético. Nesse livro iremos resumir, classificando-o como uma técnica psicoterapêutica, entendendo o prefixo psique como representando a alma, o espírito (sede da consciência e dos sentimentos) e não no sentido reducionista das psicologias acadêmicas.

Como salientamos naquele livro, o REIKI não cura a causa da enfermidade. Esta deve ser curada com a “reforma íntima”, mudando os sentimentos, pensamentos e atitudes negativas. O REIKI aliviará a carga deletéria que se encontra plasmada em nossos corpos, no físico e nos sutis.

Hoje temos evidências empíricas de que são os pensamentos, as emoções e as atitudes que afetam a constituição física de uma pessoa. Portanto, para curar uma enfermidade que se encontra no corpo físico, deve-se, sempre, ir à causa. O REIKI trata o que chamarei de sintomas primários, mas continuam sendo sintomas e não a causa. Em outras palavras, uma mente descontrolada pode emitir fluido deletério que irá se concentrar no corpo energético (perispírito). Para ser drenado, chegará ao corpo físico podendo se constituir em alguma enfermidade. Assim, ao chegar ao corpo físico e ser identificada pela medicina acadêmica, passará a ser tratada como uma “doença”. Mas, em uma perspectiva muito mais ampla e complexa, trata-se de um sintoma secundário de uma enfermidade que está na alma. Em essência, não existem doenças, existem doentes.

Esta mesma energia, ao se acumular no corpo energético, não deixa de ser um sintoma primário. É nesse nível que o REIKI pode melhor atuar, ajudando a eliminar essa toxidade energética sem que ela cause maiores prejuízos ao veiculo físico daquela pessoa. Porém, o controle dos pensamentos que geraram tal carga energética deletéria não está ao alcance do REIKI. O próprio enfermo é quem deve fazer as transformações interiores necessárias. É por isso que a participação ativa do enfermo é sempre fundamental para que se possa obter a verdadeira cura. A pessoa que paga para receber REIKI joga a responsabilidade pela cura nas costas do terapeuta. É mais fácil pagar para alguém o tratar do que se esforçar para se transformar interiormente.

Como já afirmamos, não é o símbolo quem cura, mas o seu ensinamento possui uma lógica “ini ciática”. Em outras palavras, os símbolos permitem que a pessoa se abra às realidades mais sublimes e, dessa forma, ative energias antes estagnadas ou adormecidas em seu corpo energético.

Como já vimos, o chakra básico está ligado à sobrevivência. Normalmente, a pessoa que se encontra deprimida ou com idéias suicidas possui este chakra sem energia. Pessoas insensíveis ou sem contato com a realidade material também. Por outro lado, pessoas violentas costumam ter o chakra umbilical superativado.

O plexo solar costuma sediar as emoções ditas “inferiores”: ira, ódio, ressentimento, ansiedade, medo, egoísmo. Tais sentimentos tornam-no superativado. Em harmonia, torna- se a sede da coragem, da perseverança e do desejo de vencer.

O chakra cardíaco está relacionado diretamente como os sentimentos mais elevados, tais como a serenidade, a paz, a bondade, a gentileza, a ternura, a prudência, a paciência, o perdão etc. Ao ser ativado, ajuda a canalizar as formas elevadas de energias emocionais.

O chakra laríngeo é ativado em atividades como o estudo, a arte, o planejamento etc. Esta relacionado com a nossa capacidade mental concreta, mas pode ser ativado para a criatividade superior/espiritual.

O chakra frontal normatiza nossa capacidade mental superior, abrindo o ser para uma consciência cósmica, enquanto o chakra da coroa (coronário), abre-se para as esferas transpessoais, intuitivas, medianímicas etc. para alem do raciocínio dedutivo ou indutivo.

Os chakras, nesse sentido, alem de centros de energia, são sedes de funções psicológicas e, portanto, nossas atitudes, pensamentos ou sentimentos podem produzir energias (vibrações) que podem facilitar ou dificultar seu funcionamento saudável. Nossos pensamentos e sentimentos são capazes de nos afetar como afetar outras pessoas, encarnadas ou não. Quantas pessoas morrem de medo de macumba e de feitiços, mas se esquecem da fonte de tudo isso: o pensamento. Um sentimento de inveja pode causar mais estragos em uma pessoa do que um trabalho de macumba em uma esquina, quando o macumbeiro se concentra mais na forma do ritual do que na intenção desejada. Nossa mente é uma grande usina atômica que pode ser utilizada para o Bem como para o Mal.

Por ser um sistema complexo, é difícil afirmar o que vem antes. Mas, por exemplo, sabemos que uma experiência traumática pode gerar pensamentos de medo, insegurança e desespero que, com o tempo, podem paralisar alguns chakras, levando a pessoa à depressão, à ansiedade etc. Estas enfermidades emocionais podem estimular outras enfermidades físicas que passam a gerar novos pensamentos negativos, em uma roda sem fim.

Os ensinamentos morais que cada símbolo do REIKI traduz, procura indicar um caminho possível para superar esse ciclo doentio. Quando o REIKI passa a ser difundido apenas como mais uma terapia exterior, perde completamente o seu sentido profundo.

Devemos nos lembrar que os verdadeiros mestres da Meditação, do Yoga e de outras práticas espiritualistas orientais ensinam que todas estas atividades devem ser precedidas por uma rigorosa preparação que inclui o estudo moral e o altruísmo. Sem esta base espiritual, tais práticas podem resultar em experiências desagradáveis. O mesmo acontece com o REIKI.

Nos cursos de REIKI costuma-se ensinar que o símbolo chamado Cho-Ku-Rei é utilizado para cura física. Isso acontece porque nossa mente associa ao símbolo poderes que ele não possui. Esta associação mental ajuda o reikiano a impregnar mais força de vontade e intenção curativa ao desenhar com a mão o símbolo ou o mentalizar. Quando se aprende que um símbolo potencializa o outro, a pessoa associa que para um problema mais grave ou profundo, deverá usar um símbolo também mais “forte” e, se associarmos a ele tal intenção, a nossa mente irá projetar aquela energia. No fundo, é apenas a vontade de ajudar que aumenta e, concomitantemente, mais intensidade fluídica é disponibilizada para o tratamento.

É por isso que, ao associarmos cada um dos símbolos a um determinado chakra, estamos, mentalmente, propensos para liberar aquela respectiva vibração energética. Em suma, quando associamos que um determinado símbolo é capaz de liberar energia de vibração violeta, ao se concentrar naquele símbolo estamos dando um comando mental inconsciente ao nosso perispírito para que ele emita fluidos de cor violeta, cuja frequência eletromagnética é adequada para certas enfermidades, diferentemente da vibração verde, azul, amarela etc.

Assim, uma energia de cor vermelha costuma ativar os chakras inferiores, o básico, o umbilical e, às vezes, chegando ao plexo solar. As radiações violetas, por sua vez, ativam os chakras superiores e refletem sobre os inferiores, harmonizando-os. Para acalmar ou inibir os chakras muito expandidos utiliza-se, por exemplo, vibrações azuis.

Na vivência realizada na ONG Círculo de São Francisco, denominada Mandala- Reiki, o trabalho inicial é realizado com automassagem, alongamentos e movimentos corporais harmoniosos (o que chamamos de “danças numinosas”). Eles desobstruem e dinamizam as capas musculares rígidas, normalmente relacionadas ao excesso ou a falta de uso, como também pelas somatizações de ordem emocional. Este trabalho expressivo e corporal também dinamiza os plexos nervosos (chakras) e costuma também desbloquear regiões corporais congestionadas por energia psíquica (mental) neurotizada pelo medo, pelas ansiedades, pelas angústias e auto-repressões.

A segunda etapa do trabalho, fluídico-energético, dinamiza os fluidos corporais e do perispírito, aumentando a resistência do sistema imunológico, alem da sensibilização psíquica. Todo esse trabalho pode ser associado com a Cromoterapia (Surya) ou com a Aromaterapia (Gandha). Mas se torna inócuo se não for acompanhado pela reforma íntima do participante, ou seja, pelo estudo moral, pela prática da caridade e pelo controle mental.

O ensinamento moral de cada um dos símbolos do REIKI

Os símbolos do REIKI não são necessários para se enviar energia. Na verdade, o papel dos símbolos é o de estimular a meditação. No Oriente, os símbolos são muito disseminados com esse objetivo. Trata-se de uma forma de concentrar o pensamento em uma realidade maior, transcendental. Assim, o mais importante é o conteúdo que o símbolo tenta nos transmitir e não sua forma exterior, como costuma se enfatizar nos cursos modernos de REIKI. Mas importante do que a forma gráfica do símbolo é a boa vontade e o desejo real e sincero de ajudar alguém. Nada adianta, por exemplo, traçar o símbolo e durante a sessão, o reikiano passar o tempo pensando: “tenho que acabar logo essa sessão. Preciso ir ao banco. Está na hora de buscar as crianças na escola, levar o cachorro no veterinário...” etc. O símbolo é impotente diante de nosso pensamento. É esse que deve ser vigiado e valorizado e não a forma do símbolo. Muitos se preocupam se estão desenhando corretamente o símbolo. Discutem se a energia irá até o enfermo se ele errar a forma de abrir o símbolo. Todas essas preocupações são desnecessárias. Aliás, se compararmos livros e apostilas de REIKI, de diferentes mestres, veremos que os símbolos, apesar de terem os mesmos nomes, costumam ser diferentes na forma. E se lembrarmos que, no livro Reiki Essencial, a autora nos informa que “sintonizava” outros reikianos sem ser ainda “mestre”, devemos colocar a mente para pensar. Será que é ncessário, realmente, passar por um “mestre”. A nossa experiência espiritual, desde 2001, nos mostra que não há necessidade de “mestres” e ninguém é “sintonizado” no Reiki. Tudo isso é mistificação, como veremos mais adiante.

Essencialmente, os símbolos compõem uma “viagem arquetípica”. Eles podem ser estudados a partir da perspectiva junguiana (processo de individuação), ou para se alcançar a Iluminação Budista ou a Salvação dos Cristãos. Trata-se de uma viagem interior que visa ao próprio aprimoramento moral e intelectual do praticante.

Como todo processo iniciático, os símbolos possuem uma psicosofia que estimula as mudanças internas (a reforma íntima), pois estas precipitam mudanças exteriores em nossas vidas. Recursivamente, estas impulsionam novas mudanças internas. Esse fluxo contínuo é o objetivo do REIKI, consequentemente, o aprimoramento espiritual para que possamos alcançar o estado de Buda (iluminação).

Assim, cada símbolo procura transmitir ou evocar experiências de vida pertencentes à condição humana com o objetivo de alcançarmos a Iluminação e a libertação do samsara (roda das encarnações). Podemos até dizer que cada símbolo está associado a um “rito de passagem”. Eles sugerem provas dinâmicas que mexem profundamente em nossa Psique, ajudando-nos em nossa tomada de consciência a respeito destes padrões arquetípicos ou correntes energéticas (vibracionais) que atuam diuturnamente em nossas vidas.

Assim, nosso foco deve se centrar no ensinamento moral que cada um possui. Colocá-los em prática em nosso dia-a-dia é o que realmente importa. Vamos a eles:

CHO-KU-REI - Simboliza o início da caminhada espiritual. Trata-se do momento em que a ilusão deMaya se desfaz e o discípulo descobre a existência do mundo espiritual. Advém, daí, a consciência de que a vida não se restringe ao corpo físico. Assim, temos a pessoa dando o seu primeiro passo rumo à libertação espiritual.

Ele representa a “saída da caverna” ou das trevas. Esse despertar pode ser chamado de um renascimento (consciência de que existe a vida espiritual). Mas de que adianta descobrir a existência do mundo espiritual se não nos transformarmos interiormente? Se não renunciamos à riqueza e ao poder material?

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra básico. Uma energia cuja vibração eletromagnética é mais densa, porém, adequada para tratamentos no corpo físico. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra básico/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor vermelha, em uma tonalidade clara ou brilhante.

SEI-HE-KI - Simboliza, então, o início da purificação espiritual e a tomada de consciência de que tal purificação só se processa por meio da caridade, ou seja, da doação desinteressada. No símbolo anterior, o discípulo foi impelido para o desconhecido (mundo espiritual), mas ainda falta o impulso para a mudança interior. Sem esta, a viagem espiritual pode ser perigosa.

Sem mudanças morais, a jornada pode deixar de ser celestial e se transformar em uma viagem sombria e tenebrosa. É por isso que as verdadeiras escolas de meditação costumam ensinar que antes de se partir para a prática, o iniciante deve se envolver com atividades altruístas e com estudos morais. É preciso antes aumentar nosso padrão vibratório e nos conectarmos com as consciências elevadas do plano astral.

O segundo símbolo trata também da sabedoria de que poucos estão preparados para atingir a Iluminação (o estado de Buda) ou a salvação dos Cristãos, justamente porque se esquecem de praticar a caridade ou realizar atividades altruístas. No imaginário cristão encontrarmos homologia com a parábola da “porta estreita”. Ou seja, é somente através da prática da caridade ou do amor incondicional que nos libertamos. Não é, necessariamente, a verdade ou as religiões que libertam. Toma-se consciência, portanto, da existência da ambiguidade espiritual, ou seja, que a Luz e as Trevas existem.

O iniciante está diante de uma encruzilhada. Precisa decidir qual caminho deseja seguir. Se desejar o caminho da Luz necessitará praticar a caridade, a doação desinteressada. É preciso, portanto, ter o autocontrole das emoções, não ser impulsivo ou desesperado.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra umbilical. Uma energia cuja vibração eletromagnética não é tão densa como a anterior, mas ainda “pesada”. É uma energia adequada para tratamentos emocionais. No caso de pessoas enlutadas, com depressão, sem vitalidade etc. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra umbilical/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor laranja, em uma tonalidade clara ou brilhante.

HON-SHA-ZE-SHO-NEM - Simboliza, finalmente, a tomada de consciência de que somos os únicos responsáveis pela nossa felicidade ou sofrimento. Este símbolo representa a Lei do Carma e o caminho para superar o samsara (a roda da encarnação). A homologia com o imaginário Cristão pode ser encontrada em Paulo, quando afirma que “cada um colherá o que semear”. O iniciante descobre que somos governados pelo livre- arbítrio e que, quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do plexo solar. Uma energia cuja vibração eletromagnética é muito intensa e vitalizadora. Seu uso mais comum é para estresse mental ou para pessoas com dificuldades para concentração. Também é utilizada em pessoas sem energia, que se recuperam de cirurgias etc. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica plexo solar/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor amarela, em uma tonalidade clara ou brilhante.

DAI-KO-MYO - Trata-se da Iluminação propriamente dita. Representa a unificação com o Cosmos e a dedicação à vida espiritual através da caridade, do Amor Incondicional. Sua simbologia aponta para a necessidade de orar e vigiar (os pensamentos, os sentimentos e as atitudes), visando à caridade (cristianismo) ou à compaixão (budismo), sempre de forma desinteressada. O símbolo está relacionado, também, às mudanças de pensamentos, sentimentos e atitudes para que o próximo não seja prejudicado, livrando-nos de novos carmas negativos e para que possamos servir com devoção.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do Chakra Cardíaco. Uma energia cuja vibração eletromagnética é apaziguadora e harmonizadora. Utiliza-se este símbolo para a harmonização energética entre o corpo e a alma, ajudando a expandir sentimentos e pensamentos compassivos. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra cardíaco/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor verde ou rosa, em uma tonalidade clara ou brilhante.

RAKU - É considerado o símbolo do “mestre” ou do Bodhissattva. Este símbolo representa que o verdadeiro Mestre é aquele que, após ter aprendido o caminho, volta ao mundo profano para ensiná-lo, desinteressadamente, para outras pessoas. Representa, portanto, a necessidade de ajudar o próximo a alcançar também a iluminação. Em outras palavras, “ensinar a pescar, ao invés de apenas dar o peixe”. Em suma, sua psicosofia nos ensina que o Espírito não envelhece, apenas adquire novas responsabilidades.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra laríngeo.

Trata-se de uma vibração eletromagnética sutil e apaziguadora. É relaxante e anestesiante. Adequada para quem pratica projeção astral ou meditação. Este símbolo é utilizado pelos mestres de REIKI para “sintonizar” outras pessoas devido ao relaxamento profundo que tal vibração proporciona aos participantes. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra laríngeo/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor azul, em uma tonalidade clara ou brilhante.

Estes cinco símbolos representam, na tradição oriental, os cinco elementos: Terra, Água, Fogo, Ar e Éter, respectivamente.

Como já dizia Einstein, a imaginação é mais importante que o conhecimento. E os símbolos, no Oriente, tinham como objetivo ajudar no processo de treinamento da mente, através de visualizações complexas e concentração. Os símbolos, também chamados de Yantras, favorecem o controle mental e a capacidade de criar imagens mentais e alcançar verdadeiros estados ampliados de consciência.

Conforme o iniciado medita no primeiro símbolo e incorpora em sua vida o ensinamento moral que ele traz, ele vai, gradativamente, deixando de emitir fluidos deletérios para o seu corpo físico. Passa a se concentrar em realidades superiores. Daí também a associação do símbolo com a cura do corpo físico.

O ensinamento do segundo símbolo está ligado ao controle das emoções e, portanto, associado à idéia de que é capaz de curar emoções e de transformar sentimentos negativos em positivos. O ensinamento do terceiro símbolo está associado à idéia de que a mente é tudo. O poder mental é importante para mudar nossa vida. Ou seja, quanto mais consciência mais responsabilidade possui o espírito. Daí a associação de que este símbolo trata questões relacionadas com a mente e a falsa idéia de que somente com ele é possível enviar energia a distancia. É a nossa vontade de auxiliar e a nossa intenção mental que manipulará nossa energia e não os símbolos.

O quarto símbolo ensina que somente através da doação desinteressada é possível alcançar a Iluminação. E o quinto representa o papel do Bodhissattva, ou seja, da pessoa que é capaz de se doar, praticar a caridade sem exigir nada em troca. Trata-se daquele Ser que tem compaixão por todos, independente de idade, sexo, classe social, religião etc. Bodhissattva representa no Budismo Tibetano o Iluminado que não necessita mais reencarnar, mas que decide não se dirigir ao Nirvana. Ao contrário, por livre e espontânea vontade, decide ficar na Terra e ajudar na libertação daqueles que se encontram presos na dor, no ego e na ilusão (maya). Representa aquele que alcançou a união entre a sabedoria e a compaixão, ou entre o aprimoramento intelectual e o moral.

Estes são os símbolos que se aprendem em um curso de REIKI. Porém, com a espiritualidade, aprendemos mais dois símbolos relacionados, respectivamente, ao sexto e ao sétimo chakras. Estes símbolos nos foram transmitidos com nomes em português: comunhão e união, respectivamente.

COMUNHÃO - É o símbolo do “pontífice” (o construtor de pontes, religare). Trata-se do intérprete que esclarece a natureza das Leis que nos conectam ou sintonizam com o Divino. Ou seja, com as Leis que dizem respeito à boa conduta aos olhos de Deus. Trata-se da visão Universalista, livre das amarras doutrinárias ou dogmáticas. Neste nível iniciático, o mestre é capaz de compreender e avaliar a dor dos outros com compaixão e sem julgamento. Ele é compelido a servir, sem ser piegas ou sentimental, respeitando a Lei numinosa do Carma e o merecimento de cada um.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra frontal. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra frontal/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor lilás, em uma tonalidade clara ou brilhante.

UNIÃO - É o símbolo do servidor humilde ou do espírito esclarecido (bodhicitta). Daquele que venceu a servidão do corpo e da natureza, a arrogância, a inflexibilidade e o orgulho. É o símbolo da verdadeira humildade. Esta vibração amorosa que corresponde ao Orixá Oxalá da Umbanda nos leva a “lutar” por princípios e não mais por paixões. Os desafios da vida são enfrentados a partir de uma base espiritual sólida (a Fé de Jó). Trata-se da manifestação de confiança incondicional nos desígnios da Providência.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra coronário. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra coronário/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor branca ou dourada, em uma tonalidade clara ou brilhante.

União lembra o mantra OM (aum), que tem correspondência com os nossos famosos “Amém” e ao “Assim seja/”. Em sânscrito o OM significa a centelha divina, ou seja, a parcela divina que carregamos em nosso ser. Seu ensinamento moral é o seguinte: o de nos elevar acima do domínio da vida mundana. Que passemos a construir formas-pensamentos que nos libertem do samsara, eliminando os detritos energéticos que se encontram acumulados em nosso perispírito. Seu objetivo é de nos ensinar que somos nós mesmos os responsáveis para expurgar as energias deletérias que nos aprisionam ao plano material e vivenciar expressões superiores de energia ou vibrações. Em resumo, trata-se do próprio dharma.

Purificamos nosso Ser eterno quando sublimamos (o que não significa reprimir) os chamados “baixos instintos” e passamos a viver em serviço abnegado, em trabalho altruísta. É por isso que de nada adiantará aplicar Reiki utilizando esse símbolo e, logo em seguida, ir para as “baladas”, bares e festas epicuristas, entregando-se às bebidas, às drogas, ao consumo exagerado de carne e ao sexo incontrolado. Quem faz isso, demonstra que não aprendeu o significado moral do símbolo e nem o que significa o REIKI.

A cada nova iniciação, o praticante pode abandonar o símbolo anterior e se concentrar no seguinte. Lembrando sempre que, o mais importante, é colocar em prática o ensinamento moral que cada um nos apresenta. Podemos verificar que o caminho iniciático acima é similar ao da Umbanda e de tantas outras práticas espiritualistas: a descoberta do plano espiritual, a lei do Carma, o livre-arbítrio, a caridade etc. até se chegar a plenitude do Ser.

Exercício de respiração para reikinianos

Este exercício básico de respiração e relaxamento pode ser feito quinze minutos antes do início de cada sessão. Se houver uma área verde no local onde você aplica REIKI, faça o exercício lá. Respirar ar puro e de forma correta aumenta a quantidade de energia (prâna) e melhora a qualidade dos fluidos que você irá doar durante a sessão. Procure se sentar em uma posição confortável. Lembre-se que a respiração deve ser realizada sempre através das narinas e nunca pela boca. Esta costuma enfraquecer nosso organismo e pode causar a inflamação dos órgãos respiratórios, pois leva o ar frio diretamente para os pulmões.

Nesse exercício, porém, pratique a respiração abdominal, a respiração dos bebês. Alternadamente, iremos inspirar por uma narina e expirar pela outra. Utilize o polegar e um outro dedo da mesma mão para fazer o exercício. Tampe sua narina direita e inspire pela esquerda. Segure a respiração pelo mesmo período de tempo que inspirou e, em seguida, feche com o dedo a narina esquerda e expire pela direita. Agora faça o inverso. Inspire pela narina direita, retenha o ar pelo mesmo período e o solte pela narina esquerda. Faça esse exercício por alguns minutos. Mantenha os olhos fechados e procure manter o pensamento elevado (pensamentos positivos ou preces) ou concentre-se no mecanismo da respiração para ir se desligando de outros compromissos cotidianos e ir se centrando no trabalho espiritual que irá realizar.

Faça uma prece agradecendo pelo dia que teve, pelas provas que a Providência colocou em seu caminho para ajudá-lo em seu aperfeiçoamento intelectual e moral. Peça pela presença dos bons espíritos para cooperar no trabalho caritativo e agradeça pela oportunidade de praticar o Bem.

Aplicação de REIKI em Hospitais, Asilos e outros locais

O ideal para a aplicação de REIKI é se ter uma sala específica. A frequência de aplicações em um único local facilita a organização da espiritualidade socorrista e esse local se transforma em uma “sala cirúrgica”. Infelizmente, nem sempre isso é possível e a pessoa de boa vontade que deseja ajudar costuma correr alguns riscos. O ambiente astral dos asilos, dos hospitais e de outros locais similares não costuma ser dos melhores. Além do sofrimento dos encarnados, o número de desencarnados nestes locais também é significativo. Há aqueles que lá se encontram sem saber que já não mais possuem um corpo físico, há aqueles que lá estão para se vingar ou para aumentar o sofrimento de alguma pessoa por quem nutrem ódio etc. A situação é muito delicada e complexa.

Um caso comum que costuma acontecer é o do praticante imbuído de boa vontade que entra de quarto em quarto para enviar energia para o enfermo. Aqui temos uma série de problemas. Raramente ele explica o que irá fazer e não pede permissão ao enfermo. Isso faz com que o enfermo não fique aberto e receptivo a energia curativa. Mas pode também acontecer problemas mais graves. Se o enfermo estiver sob a vigilância de espíritos obsessores, estes, possivelmente, não ficarão felizes com o “intruso” que foi ajudar sua vítima. Se este último não estiver vigilante e com a vibração alta e equilibrada, corre o sério risco de sair de lá também obsedado ou receber uma forte dose de energia negativa que o leve a passar o resto do dia vomitando e com dores de cabeça ou pelo corpo todo.

Quando enfatizamos a necessidade de se ter um local especifico para o atendimento é porque lá a espiritualidade socorrista costuma também ter um “serviço” para atendimentos dos obsessores. O paciente que sofre o assédio extrafísico, ao ingressar na sala, será imediatamente desligado do obsessor. Este último costuma ser adormecido ou levado para sessões de esclarecimento em casas espiritualistas que realizam esse tipo de atendimento fraterno.

Outro risco é o do enfermo, caso este seja médium, incorporar alguma entidade durante a sessão. Este risco é praticamente zero na sala preparada para esse fim, mas pode acontecer em situações adversas.

Nesse sentido, o ideal seria que cada asilo, hospital, pronto-socorro tivesse uma sala para orações e para atendimentos com REIKI. Somente nesse local o atendimento seria realizado. Os pacientes que podem se locomover seriam levados até essa sala; os pacientes em coma ou em UTI, que não poderiam ser levados até a sala, receberiam REIKI a distância, com os atendentes, devidamente preparados, enviando energia daquela sala destinada para esse fim.

E o que deve ter nesta sala? A sala deve ter apenas as macas, um recipiente com água (com a qual a equipe medica espiritual fará remédios) e, se possível, um abajur de cromoterapia. Velas, incensos, espelhos de Feng Shui, imagens de santos ou de “mestres ascensionados”, cristais etc. não são necessários. Tudo isso é objeto decorativo e pode mais assustar do que ajudar o enfermo a relaxar.

Florais e REIKI

Os espíritos que encarnam com a missão de ajudar a humanidade se caracterizam por seu total desapego aos bens materiais e pela dedicação amorosa e fraterna a causa que abraçaram antes de mais uma encarnação. Porém, nem sempre aquilo que estes espíritos deixaram para a humanidade segue na mão de seus divulgadores o objetivo original. O sagrado se profana com muita rapidez. Mas temos que saber perdoar os que assim agem, pois ainda estamos todos engatinhando em nossa evolução espiritual e não nos encontramos à altura dos verdadeiros mestres para atuarmos de forma desinteressada e caritativa.

Sem julgar aqueles que traem a essência dos ensinamentos de E. Bach, procuramos compreender, a partir dos próprios escritos do pesquisador e criador da terapia floral, seus fundamentos psicosóficos.

Comecemos divulgando uma carta de Bach para um de seus pacientes, escrita em

1935[4]:

“Em sua primeira visita, o senhor mencionou a questão da remuneração e eu creio que lhe disse para esperar pela presente carta. Nosso princípio é o seguinte: como estamos usando apenas as Flores dadas a nós pela Divina Providência e a Arte da Cura é muito sagrada para ser comercializada, não se devendo ter lucros com ela, vivemos da generosidade de nossos pacientes, dos quais dependemos totalmente, não só no que se refere a nós mesmos, mas também quanto à assistência que damos aos outros. Mesmos as casas em que trabalhamos nos são emprestadas por uma senhora caridosa.

Podemos, contudo, assegurar-lhe que somos realmente gratos pela menor das doações, pois ela aumenta nossa capacidade de ajudar aos muitos pobres que atualmente contamos às centenas”.

Esta carta de Bach não deve ser muito difundida nos milhares de cursos espalhados pelo mundo, pois a primeira atitude de vários terapeutas florais da “Nova Era” é definir o valor da consulta, estabelecendo o retorno financeiro que terão com essa “terapia alternativa”. Mas como dissemos, não devemos julgar e muito menos punir. O próprio Bach não se cansava de dizer que cada pessoa se encontra em um nível de aprimoramento espiritual diferente, o que relativiza as chamadas virtudes. Se servir é uma virtude para um espírito mais consciente e desapegado, para um outro pode ser algo inconcebível e distante da sua “realidade”, pois ainda se encontra muito preso aos bens terrestres e ao sucesso material. Quantas pessoas ávidas por dinheiro não acreditam que atuar com uma Terapia que utiliza energias sutis é um caminho “fácil” para se “ganhar a vida” sem precisar passar pelos tortuosos e espinhosos estudos e avaliações que envolvem a medicina oficial?

Essas pessoas ajudam a desacreditar tais terapias, abrindo brechas para o charlatanismo e descaracterizando toda a dimensão sagrada e espiritual que possuem. Mas é a própria consciência, com o decorrer das encarnações, que irá se punir e buscar a reparação de tais “erros”.

Outra questão importante em sua Psicosofia está na compreensão do que seriam as doenças e o papel dos florais. Encontraremos significativas diferenças entre o que Bach escreveu e o que os chamados “terapeutas florais” difundem hoje em dia. Para ele, estamos no mundo para aprender a transformar o ego em abnegação, a separação em unidade, obter conhecimento e experiência para que possamos viver em harmonia com os ditames de nossa alma eterna. Nesse sentido, a doença “é o resultado de um conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer aos ditames da alma e há desarmonia ente o Eu espiritual e a personalidade inferior, que é como nos conhecemos”. Em outras palavras “a doença serve para nos fazer parar de praticar ações erradas”.

Podemos compreender pelas citações acima que, para Bach, a cura não vem do exterior. A cura depende do próprio enfermo aprender a lição que a doença lhe traz e fazer uma mudança interior, o que denominamos como “reforma íntima”, ou seja, mudando o padrão de nossas atitudes, sentimentos e pensamentos.

A doença, em sua compreensão, tem uma natureza benéfica e o papel do médico é o de também assistir espiritualmente o enfermo, ajudando-o a compreender quais atitudes ele necessita abandonar e quais ele necessita abraçar em sua jornada de crescimento. Sem a transformação interior, nenhuma cura irá se processar. Essa questão, inclusive, é levantada pelo médico alemão Rudiger Dahlke, em seu livro “A doença como caminho”, quando afirma que, filosoficamente, a medicina acadêmica e a medicina alternativa caminham de mãos dadas. Ambas pensam a cura como algo vindo do exterior, mudando-se apenas o remédio. Na primeira, ministra-se remédios químicos e, na segunda, remédios “naturais”, mas evita-se falar na necessidade do paciente mudar sua forma de encarar a vida, seus pensamentos, sentimentos e atitudes.

Dito isso, podemos nos perguntar: então, qual é o papel dos remédios florais? Eles curam? Na verdade não. Eles são apenas vivificantes. Ou seja, sua vibração ajuda no processo de recuperação do enfermo, elevando sua vibração e, consequentemente, ajuda a eliminar energias negativas presentes em nosso corpo astral ou perispírito, criados por pensamentos, sentimentos ou atitudes equivocados.

Em linhas gerais, seguem o mesmo princípio de outras terapias vibracionais, como o REIKI, a Musicoterapia e a Cromoterapia. Todas elas obedecem a Lei do Carma e do merecimento e, portanto, não fazem milagres.

Com o enfermo recebendo uma dose de vibrações eletromagnéticas positivas, seja por meio da cor, do som, da bioenergia de um reikiniano ou pela energia sutil de flores, o enfermo estará sendo auxiliado, mas deverá se comprometer com sua própria cura, realizando sua reformulação interior se quiser, de fato, se ver livre daquela enfermidade que lhe traz sofrimento e dor.

Poucos terapeutas alternativos enfocam a importância da reforma interior para seus pacientes, seja por medo de vincular sua profissão com “religião”, seja por medo de perder um “cliente”. Daí encontrarmos com frequência pessoas indo de consultório em consultório, passando por muitas “alternativas” terapêuticas, mas sem nunca obter a cura.

Quando cada um tomar consciência de que a cura está tão próxima, dentro dela mesma e que, do exterior, encontrará, no máximo, um auxílio para retomar o seu caminho, as pessoas serão mais saudáveis.

A reforma íntima é um caminho que ninguém está autorizado ou pode percorrer pelo outro. A própria pessoa é que tem capacidade para percorrê-lo. É por isso que cada um possui sua Cruz, adequada em peso e tamanho, para si próprio.

Alguns espíritas gostam de falar, inclusive em palestras ou em cursos de orientação mediúnica, que as terapias alternativas como os Florais, o REIKI, a Cromoterapia, entre outras, são “coisas” de médiuns fascinados. Pode até ser que, pela forma como tais terapias costumam ser difundidas, haja, de fato, muitos médiuns fascinados e obsidiados envolvidos com elas, mas, se buscarmos suas essências espirituais, vamos perceber que elas apontam sempre para o verdadeiro e único caminho possível para se obter a cura: o aprimoramento espiritual através da reforma íntima.

Sem falar que, com certeza, todas elas possuem o amparo da espiritualidade socorrista quando praticadas com ideal crístico e caritativo.

Algumas enfermidades e as emoções correspondentes

Abaixo apresentamos um quadro genérico que deve ser utilizado como Hipótese de trabalho e nunca como tabela para diagnóstico. Ele deve ser utilizado para orientar a consulta ou a triagem das pessoas que procuram por atendimento.

Como há sempre muitas causas envolvidas, a enfermidade é uma trama complexa na qual entra os carmas de vidas passadas, as imprudências da vida atual, os efeitos que se transformam em novas causas etc.

O objetivo é levar a pessoa a se autoconhecer e refletir se ela vivencia tais sentimentos e atitudes em sua vida diária. Em caso afirmativo, ela deve buscar ajuda de um profissional qualificado para superá-los.

Abscesso - emoções reprimidas por medo, culpa, paternalismo, repressão social etc. na região genital (emoções sexuais e afetivas), pulmões/coração (sensações afetivas sublimadas), na cabeça (espiritualidade sublimada). Sentimento de culpa ou inveja.

Acnes - timidez exagerada, medo de ser descoberto (traição, segredos que não deveriam ser revelados, etc.). Espinhas: energia sexual reprimida.

Afonia (engolir em seco, engolir sapos) - não dizer o que pensa para não receber represálias. Forma de sufocar palavras, opiniões e até palavrões que gostaria de dizer, mas não pode, por alguma razão. Repressão por motivos morais, educativos, familiares etc.

Alergia - necessidade de se defender do meio em que vive (família, trabalho, escola etc.), tensão e infelicidade, rejeição de ajuda externa.

Amnésia - perda de interessa pela vida, desânimo.

Anemia - medos e receios conduzindo para uma diminuição do prazer, da euforia. Cansaço, angústia sexual ou afetiva, mudança ideológica ou paradigmática (processo de derrelição). A anemia pode representar a necessidade de mudanças no campo afetivo, econômico, ideológico etc.

Arteriosclerose - ciúmes, inveja (dor de cotovelo), possessividade.

Asma - autodesaprovação, superproteção dos pais, medo, insegurança, sufocamento dos desejos e paixões, medo de entrar em contato com suas próprias necessidades e desejos para não contrariar as pessoas com quem convive, conservadorismo, rigidez. O mesmo vale para bronquite.

Bursite - necessidade de carregar os outros nos ombros, sentir-se responsável pela felicidade alheia. Necessidade de agradar a todos.

Câncer - estagnação da energia vital. Deve-se relacionar com o órgão atingido. Ausência de resignação (lembrar que resignação não é conformismo, mas compreensão do problema e respectiva aceitação ativa das provas ou expiações), depressão, conformismo.

Ciático - nervo sexual por excelência. Sexualidade contida ou mal conduzida. Sublimação negativa do sexo (repressão sexual).

Colesterol - mágoas, amarguras e tristeza não superadas.

Coração - hiperatividade, perfeccionismo, falso otimismo, pouca imaginação, ego narcísico. Dificuldade para controlar as emoções que sente. Costuma preceder um infarto as situações de humilhação ou desonra.

Dismenorreia (menstruação dolorosa) - não conseguir soltar as tensões e a raiva acumulada no dia-a-dia. Sentimentos de culpa, ressentimento ou ciúmes. Repressão sexual por motivos religiosos ou culturais.

Esclerose - perfeccionismo com os outros e indulgente consigo mesma.

Estômago - dificuldade em aceitar e digerir as próprias emoções ou relacionadas a outras pessoas. Aceitam tudo, mas perdoam pouco. Possessividade, perfeccionismo em relação aos outros (falta doçura, ternura e carinho nas opiniões sobre os erros de outras pessoas). Inveja.

Fadiga - falta de amor à atividade exercida, dificuldades afetivas.

Fígado - defesa das posses matérias ou psicológicas, tendências às explosões emocionais, autocrítica, auto-rejeição, emoções instintuais exacerbadas (sexo, alimento, excesso de preocupação com a sobrevivência material).

Garganta - sufocamento das emoções e vontades por medo de represálias. “Nós na garganta”: emoções sufocadas ou reprimidas. Engolir a raiva, as opiniões, os desejos.

Impotência - falta de confiança, auto-rejeição, dificuldades económicas ou profissionais.

Miomas - sexualidade confusa, medo exagerado da maternidade, sufocamento de fantasias e desejos sexuais.

Vícios (álcool, cigarro, drogas etc.) - em geral relaciona-se com o vazio interior, não encontrar sentido para a vida. Insegurança, auto-rejeição.

Apêndice 5

Alguns princípios da Cura prânica que o reikiniano deve conhecer

1 - Os movimentos da mão em sentido horário favorece a absorção de prâna pelo organismo da pessoa enferma.

2 - Os movimentos da mão em sentido anti-horário favorece a remoção de energia estagnada do organismo da pessoa enferma.

3 - A varredura (passar a mão sobre a aura do enfermo antes de iniciar o processo de energização) tem duas funções:

3.1 - A varredura de cima para baixo causa sonolência na pessoa. Ajuda em pacientes hiperativos.

3.2 - A varredura de baixo para cima ajuda a pessoa a se reanimar. Ajuda, no término da sessão, para que a pessoa volte ao estado de vigília.

4 - Pontos do corpo físico que transmitem calor estão com excesso de energia. O reikiniano deverá ficar com as mãos nesses locais até que o calor ou a vibração diminua.

5 - Pontos do corpo físico que se encontram gelados estão com falta de energia. O reikiniano deverá ficar com as mãos nesses locais até que o frio ou a vibração aumente.

6 - Limpeza após a sessão: sempre tomar banho, fazer um lanche leve, ter contato com a natureza, realizar uma prece de agradecimento.

Obs.: a prece nunca deve ser realizada com orações decoradas. Deve ser feita com humildade, sinceridade, reverência e concentração.

Aromaterapia e o REIKI

A aromaterapia se baseia no uso de aromas naturais que interagem com o nosso organismo, estimulando ou inibindo certas áreas da região cerebral. Apesar de não curar, a aromaterapia facilita a cura de certas enfermidades quando associada com outras técnicas.

Ela pode, assim, ser utilizada em conjunto com o REIKI. A melhor água é a fluidificada, mas pode ser utilizada água comum.

Utilize os aromas com parcimónia. Não é necessário que o paciente saiba qual é o aroma. O rechaut ideal é o de pedra sabão ou com prato de vidro. Outros acumulam fuligem no fundo ou trincam facilmente. A fuligem acumulada prejudica a saúde.

Os incensos devem ser evitados devido ao carvão. O ideal é sempre usar essências. Duas ou mais essências podem ser utilizadas em conjunto.

O rechaut deve ser lavado antes de um novo uso.

Algumas essências e sua atuação:

clip_image003contra alergia.

clip_image004inibidor do apetite sexual.

clip_image005auxilia como estimulante nervoso.

clip_image006age no sistema respiratório e no nervoso.

clip_image007expectorante. Age no sistema respiratório.

clip_image008clip_image009FRUTAS VERDES

relaxa o sistema nervoso.

clip_image010problemas pulmonares.

clip_image011tratamento do estômago, gastrite e úlcera.

IMANACÁ

artrite e artrose.

JASMIM

problemas circulatórios.

LAVANDA

problemas respiratórios.

LARANJA

estimula a clarividência.

MAÇÃ-VERDE

aumenta a energia sexual.

MADEIRA

aumenta a sensibilidade emocional.

MANJERONA

facilita a circulação.

MENTA

atua na bexiga e o esôfago.

MUSGO-SELVAGEM

enfermidades nos olhos (catarata, miopia etc.)

PÊSSEGO

atua nos rins, intestinos e fígado.

PINHO

atua sobre a garganta e no nariz

RAÍZES

estimulante.

ROSA BRANCA

atua no fígado.

SÂNDALO/LÓTUS

anti-estresse. Estimulante.

SAY-FLORA

atua nos rins.

VETIVER

relaxante. Em excesso, causa sonolência em demasia.

Perguntas à espiritualidade sobre o REIKI

Na ONG Círculo de São Francisco o trabalho é orientado por entidades orientais, indígenas, pretos-velhos e por médicos famosos no meio espirítico brasileiro. Todos preferem servir de forma anônima. Assim, não identificamos as entidades que responderam às perguntas abaixo.

Como se processa a sintonização no REIKI?

Resposta da espiritualidade - Quando o processo de iniciação ou de sintonização no REIKI for realizado em um local seguro e protegido pela espiritualidade, o que acontece é uma “auto-iniciação”. Algumas pessoas presunçosas e arrogantes se consideram “mestres” e cobram para “iniciar” alguém no REIKI. Utilizam-se de vários rituais, a maioria sem necessidade, para capacitar a pessoa a ser um “canal” de energia.

Passar por um ritual desse tipo não garante que a pessoa estará capacitada para ser um doador de energia curativa. Há sempre exceções, mas a maioria das pessoas que ajudarão a espiritualidade em tratamentos com o REIKI ou outras técnicas, assumiu tal compromisso no Além, antes de encarnar. São pessoas que produzem quantidade considerável de fluidos animalizados (ectoplasma) e foram preparadas para este trabalho. Todos sabem que se comprometeram a doar gratuitamente essa sagrada energia e terão que prestar contas ao retornarem ao Lar.

Fazer um número determinado de iniciações (I, II, III-A e III-B) não significa que, “do lado de cá”, esta pessoa se transformará em um instrumento adequado. O que mais importa é a condição moral do praticante.

Se este comprometimento não aconteceu antes de reencarnar, ou seja, se a pessoa não foi preparada para ser um doador fluídico, não importa a quantidade de iniciações que

faça ou sistemas que aprenda. Esta pessoa não terá condições de participar ativamente de um trabalho de cura espiritual[5].

O melhor trabalhador é aquele que age com amor e humildade. Aquele que se preocupa com títulos, graus, certificados etc. nem sempre são os que possuem o amparo dos bons guias e protetores espirituais. Em suma, as “iniciações” só funcionarão naqueles que já possuem o “Dom”, ou seja, o compromisso de trabalhar e auxiliar a espiritualidade socorrista.

Para estes, as “iniciações” fortalecem o campo energético e “firmam” as vibrações com as entidades também anteriormente programadas para trabalhar com aquele reikiniano. Porém, mais importante que as “iniciações”, é a busca pela transformação interior, a conduta reta e o sentimento de doação, a vontade de exercitar a caridade desinteressada. Durante a iniciação, em um espaço protegido, a espiritualidade imprime no corpo astral do neófito uma vibração capaz de liberar agregados astrais destrutivos, regularizar seus chakras, entre outras coisas. Esta intervenção do além é importante para o iniciante abrir seus campos energéticos. Mas, em seguida, ele deve aprender através dos ensinamentos morais de cada símbolo a se livrar sozinho dessas cargas deletérias, renovando-se intimamente, ou seja, mudando o padrão de seus pensamentos, sentimentos e atitudes.

E qual é o verdadeiro papel do símbolo nesse processo?

Resposta da espiritualidade - Na realidade todos nós, encarnados ou não, somos energia e magnetismo. As vibrações provenientes de cada um dos chakras favorecem funções psíquicas distintas. Cada um dos sete símbolos do REIKI representa um chakra. Os símbolos identificam tais vibrações. Ou seja, eles demonstram qual caminho o praticante irá seguir. Ou seja, qual a linha vibratória que ele pretende movimentar. Trata-se de um código de acesso que demonstra o resultado que o praticante deseja alcançar. Daí a necessidade de se trabalhar com um símbolo por vez. Mas o praticante pode também se comunicar através do pensamento com a equipe médica espiritual que ali se encontra. Mas é a prece, sincera e pura, que eleva a vibração do local e facilita o intercâmbio com a espiritualidade socorrista.

É por isso que a preocupação em desenhar corretamente o símbolo é dispensável. Aliás, há muitas variações para o mesmo símbolo.

A espiritualidade não deixará de atender caso o praticante não “abra” corretamente o símbolo. Ela deixará de ajudar quando o sentimento amoroso e o altruísmo forem substituídos pela vaidade, pelo orgulho e pelo egoísmo.

O que vem a ser a crise de cura que acomete muitas pessoas que passam por sessões de REIKI ou quando são sintonizadas na técnica?

Resposta da espiritualidade - Em primeiro lugar é preciso salientar que, de fato, pode acontecer uma “crise de cura” quando alguém recebe REIKI em uma sessão ou é “iniciado” na técnica. Normalmente, a pessoa pode ter uma crise de choro ao desbloquear energias estagnadas em seu organismo ou expandir seus chakras. O contato com espíritos amigos pode também estimular uma lembrança inconsciente e resultar em uma forte emoção, entre tantos outros fenómenos que não daria para relatar extensivamente aqui. Porém, o que normalmente muitas pessoas descrevem como “crise de cura” merece uma atenção toda especial. Algumas pessoas têm diarréias que duram dias, outras fortíssimas dores de cabeça, outros vomitam sem parar etc. Sem falar naquelas que passam noites inteiras com febres e pesadelos com monstros que as agarram. Pois bem, aqui temos um problema muito sério e que não podemos definir como “crise de cura” ou “catarse”. Estas pessoas podem estar sob forte ação obsessiva ou terem recebido fortes cargas de energia deletéria durante a sessão.

As iniciações no REIKI em locais desprotegidos ou mistificadores são frequentemente acompanhadas por entidades de baixa vibração que se divertem com os rituais e que se aproveitam da invigilância dos participantes para lhes enviar fortes cargas deletérias. É claro que isso não acontece somente no REIKI. Há centros espíritas ou terreiros de umbanda, nos quais os trabalhadores são invigilantes, onde o consulente pode voltar para casa muito pior do que quando lá chegou, devido ao “passe” que recebeu.

Pacientes que não possuem “merecimento”, seja por qualquer razão, e procuram reikianos que não valorizam a dimensão espiritual e caritativa do REIKI estão mais vulneráveis à energia negativa destes “terapeutas”. Assim, enquanto o organismo físico e perispiritual não se purificar, a pessoa passará muito mal, terá febres e outros problemas. A situação poderá ser ainda pior se, além de não ter Fé, a pessoa for viciada em cigarro, bebidas alcoólicas, abusar do consumo de carne e tiver vida sexual promíscua.

A pessoa que tem Fé e Merecimento recebe a proteção da espiritualidade socorrista. Os fluídos deletérios do reikiano são isolados e ela é tratada pela espiritualidade sem problema algum.

E como fica, então, as pessoas que aplicam REIKI em qualquer lugar? Em ônibus, em cinema, em shopping, em hospitais, asilos etc.?

Ter um local preparado para aplicação de REIKI é fundamental. A sala se transforma em um hospital com todos os equipamentos cirúrgicos necessários. Se a pessoa aplica REIKI em sua própria residência, precisa ter um quarto ou ambiente dedicado somente a isso. Nunca deverá fazer o tratamento no quarto onde dorme ou em locais onde há muita circulação de pessoas, festas ou outras atividades sociais. A sala de REIKI é protegida pela espiritualidade que impede a presença de espíritos de baixa vibração e malévolos. Além disso, o trabalho acontece nas 24 horas do dia terrestre.

É preciso ter sempre em mente que a energia é neutra, o uso que dela é feito depende da intenção. Porém, certos locais não se encontram preparados para um trabalho energético sem que uma limpeza anterior seja realizada. Dos locais que você apresenta acima, são paradigmáticos os hospitais e os asilos.

Atualmente, o ideal para se mandar energia para as pessoas internadas em hospitais ou em asilos é a distância. Da sala onde vocês realizam as sessões, enviem a energia pedindo sempre para o processo ser intercedido pela espiritualidade. Esse processo é importante porque vocês não estão em condições de avaliar a situação cármica do enfermo ou da pessoa que se encontra internada em um asilo e nem têm como se proteger de possíveis obsessores que acompanham estas pessoas. O REIKI respeita o Carma e o merecimento de cada um. Ele não faz milagre. E se a pessoa estiver sob ação obsessora o reikiniano pode sofrer um ataque repentino, pois passa a ser visto como um inimigo do obsessor.

Se a espiritualidade realiza esse processo, fazendo a intermediação entre o doador de energias e o enfermo, saberá como agir com o obsessor, seja adormecendo-o ou levando- o para um trabalho de “doutrinação” ou outro encaminhamento, conforme seu merecimento e grau de compreensão intelectual.

Quando a dimensão espiritual do REIKI for esclarecida, talvez os hospitais e asilos passem a ter uma sala própria para esse tipo de atendimento. Os pacientes que podem se locomover serão levados até essa sala para serem tratados e, os que não podem, serão atendidos a distância, com o reikiniano enviando energia de dentro da sala, com a proteção da espiritualidade socorrista. É importante salientar que o REIKI não está atrelado a dogmas doutrinários e, por isso mesmo, pode ser praticado em um lugar não religioso, desde que seja um ambiente preparado para esse fim e por pessoas libertas da vaidade e do egoísmo.

E como fica a cobrança pelo REIKI?

Em primeiro lugar é preciso salientar que não é preciso pagar para aprender REIKI e muito menos receber certificados. A pessoa que diz que cobra porque pagou para aprender REIKI está apenas procurando legitimar sua baixa evolução espiritual. É preciso salientar que ninguém poderá nos capacitar para aquilo que não temos: energia para doar. Os aproveitadores da Fé alheia não merecem serem chamados de reikinianos. Estão distantes do REIKI e de suas sagradas leis. São como cegos guiando outros cegos.

Como já dissemos, não é um certificado que prova que a pessoa foi iniciada. A “linhagem”, hoje tão valorizada dentro do REIKI, serve muito mais para identificar cavalos. O verdadeiro mestre que encarnou na Terra jamais iniciou outra pessoa. Aliás, aqueles que dizem que Jesus e Buda foram reikianos, deveriam aprender a lição que estes Mestres nos deixaram e começar a ensinar e praticar, gratuitamente, o REIKI.

Aqueles que cobram pelo REIKI alimentam a união com entidades de baixa envergadura espiritual. Os “mestres ou guias de REIKI” que vão a esses locais são entidades mistificadoras que apreciam o dinheiro e satisfazem sua sede vampirizadora agindo sobre os pacientes e sobre os praticantes, sobretudo os mais egoístas e orgulhosos, que se consideram os “mestres” a conduzir aprendizes pelo caminho espiritual. Se além de “mestre” tal pessoa tiver alguma mediunidade acabará entrando em contato com espíritos fascinadores que dizem ser Jesus, Buda, Arcanjo Gabriel ou qualquer outro Ser de grande envergadura espiritual. Estes espíritos passam a estimular o orgulho do incauto, como se ele fosse o eleito para ser o grande mensageiro dos “mestres” espirituais.

É preciso salientar que toda casa espiritualista séria faz a caridade gratuita e desinteressada. Não importa se é uma casa espírita, umbandista, esotérica ou outra qualquer. Ela se torna um grande hospital para tratamento de problemas físicos ou espirituais, de uma simples dor a um caso sério de obsessão.

Para se ter o apoio e a proteção do Astral Superior é necessário praticar a caridade sem alarde, como Jesus sempre procedeu. A sala de atendimento se torna protegida, de forma que espíritos zombeteiros ou desocupados são repelidos e impedidos de ali adentrarem. Por sua vez, os obsessores que acompanham os enfermos são recolhidos e levados para tratamento na própria casa ou em outro agrupamento espiritualista, levando-se em consideração a Lei do Carma e o merecimento de cada um. O REIKI não altera o livre- arbítrio de ninguém e nem cura doenças morais.

Devemos nos lembrar que o fluido animalizado dos encarnados ou ectoplasma é algo disputadíssimo pelos marginais do Umbral inferior. Eles os buscam em locais onde predominam o orgulho, a vaidade, o egoísmo, o ciúme etc. É essa energia que movimenta e sustenta suas criações mentais enfermiças. No caso do REIKI, como para quem paga sempre existe quem receba, muitas casas “holísticas” tornam-se fontes inesgotáveis de fluidos animalizados para estes seres devido ao seu desequilíbrio com as leis cósmicas.


[1] Utilizamos alternadamente o termo reikiano e reikiniano para distinguir aquele que usa o Reiki como profissão e aquele que o utiliza como missão espiritual, respectivamente.

[2] Roger Feraudy, em seu estudo profundo sobre a Umbanda (Umbanda, essa desconhecida...), afirma que os pontos riscados devem ser acompanhados pela vontade e pelo comando mental que orienta a energia (a quem é dirigida, sua qualidade e intensidade). Sem estas “chaves” (vontade, sabedoria e ação) “estas figuras geométricas não produzirão resultado algum”. O mesmo acontece com os símbolos do REIKI.

[3] Os cursos de REIKI costumam ensinar quatro símbolos. O chamado “mestre” aprende um quinto símbolo. Muitos acreditam que este símbolo é necessário para a sintonização de outras pessoas. Com a espiritualidade aprendemos mais dois símbolos. Brincando com essa hierarquia iniciática e com o nosso sistema acadêmico, gosto de dizer que se o quinto símbolo é o do mestre. O sexto e o sétimo são, respectivamente, o do doutor e o do pós-doutorado em REIKI.

“Escritos selecionados de Edward Bach”. Ed. Ground, 1991.

[5] Certa vez, um mestre de REIKI me disse que de cada 10 pessoas que ele iniciava, apenas 3 ou 4 realmente aplicavam energia em outras pessoas ou em si mesmo. Se o comprometimento anterior não existe, dificilmente ser “iniciado” na técnica garantirá que a pessoa será mais um reikiniano, independente do valor que pague pela “iniciação”.

 

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